Por que roer as unhas faz mal à saúde

Você sabia que o hábito, mania, ou podemos chamar de vício em alguns casos, de roer as unhas tem um nome específico e um tanto diferente? Entre os médicos é conhecido como onicofagia. Este hábito é difícil de ser controlado, e geralmente está associado a questões emocionais, onde costuma gerar problemas que vão além de danos à aparência das unhas e machucados nos dedos. Pode também comprometer a saúde bucal.

Porque roer as unhas pode fazer mal?

O simples ato repetitivo de morder ou roer as unhas — ou ainda pontas de lápis e canetas — afeta de modo significativo todo um conjunto da estrutura do corpo que abrange ossos, músculos, nervos, vasos sanguíneos, língua e dentes. Desse modo, acaba virando fator de risco para disfunções na articulação temporomandibular (ATM), aquela que conecta a mandíbula ao crânio e fica logo à frente dos nossos ouvidos. Como principais consequências desse desgaste, é a dor nos músculos da face e mesmo a de cabeça.

Sintomas como zumbido, incômodos nos ouvidos, limitação de abertura da boca e dificuldade para mastigar os alimentos são alguns dos outros sintomas da disfunção temporomandibular (DTM). E todos podem ser desenvolvidos a partir desse hábito aparentemente inofensivo.

A obsessão da mania de roer as unhas merece avaliação de um profissional especialista em dor orofacial e DTM. O diagnóstico e o tratamento da condição passam pela cadeira do dentista.
Além disso, médicos e pesquisadores comprovaram que roer unhas pode trazer riscos à saúde do corpo, pois também está no fato de que a cutícula, pele que nos protege contra agentes externos, pode ser removida enquanto o indivíduo rói as unhas, os deixando suscetíveis à ação de vírus e bactérias.

Roer a pele que fica ao redor das unhas causa um trauma que permite a entrada de bactérias no local, resultando em infecções e inflamações. Este hábito é ainda mais prejudicial para quem tem problemas circulatórios e imunológicos, pois a infecção pode invadir a corrente sanguínea e complicar o quadro.

Já, para aqueles que além de roer, também engolem as unhas, a situação pode ser ainda pior, resultando em graves problemas gastrointestinais, como esofagite infecciosa, gastrite, enterocolite por infecção por microrganismos, verminoses e até apendicite.
 

Porque roemos as unhas?

As pessoas têm muitas manias e de diversos modos, esquisitas ou não. Algumas possuem manias, outras hábitos e em casos mais agravantes, estes hábitos viram vícios. No entanto, uma das manias mais comuns entre as pessoas é roer as unhas, fator que geralmente está associado a questões emocionais. Esta mania ou hábito de roer unhas não é tão inofensivo quanto parece.

A mania pode causar infecções, encravamento, deformações e até a perda da unha. O hábito geralmente é adquirido na infância e está ligado ao estresse ou outros sintomas emocionais, como a ansiedade por exemplo. Uma ajuda psicológica é uma das alternativas para acabar com este problema, que também pode ser tratado com antidepressivos em casos de disfunções neurológicas.

O ato de roer unha é praticado de forma cotidiana como uma tentativa de fugir de situações estressantes ou que geram ansiedade. A ansiedade gera esse tipo de reação, assim como em outros casos, pessoas buscam essa fuga na comida, nas compras e em outros hábitos.

Tal hábito normalmente é adquirido na infância, onde crianças cujos pais também roam unhas podem adotar como exemplo a ser seguido. É comum os filhos observarem e repetirem coisas que estejam acostumados a ver em casa. É mais difícil encontrar casos que alguém venha desenvolver esse comportamento na fase adulta.

Como roer as unhas prejudica a saúde?

Além do fato de que roer as unhas pode machucar os dedos e deixá-los com uma aparência feia, um fator agravante é o da higiene. Como nem sempre as mãos e as unhas estão limpas quando a pessoa as leva à boca, isso leva ao contato com vírus e bactérias. A presença desses micro-organismos podem ocasionar gengivite, doença periodontal e até problemas sistêmicos.

Este é um hábito negativo e que pode demorar a ser percebido os problemas ou até mesmo parecer inofensivo. Sendo assim, é importante refletir sobre as nossas atitudes e manias e ter atenção especialmente com as crianças, pois boa parte das pessoas começam a roer as unhas ainda na infância. Quanto mais cedo e rápido um vício/hábito/mania for identificado, maiores serão as chances de que ele não perdure e prejudique a saúde.

Como tratar a mania de roer as unhas?

Como primeira etapa, é preciso identificar por qual motivo o indivíduo adquiriu essa mania. Em seguida, é necessário pensar nas possíveis soluções para que ele consiga abandoná-la. No processo, pode-se indicar ao paciente medicamentos, dispositivos intraorais e placas protetoras.

Em muitos casos, o tratamento pode envolver outros profissionais de saúde, como psicólogos e/ou psiquiatras e até mesmo professores de terapias complementares, como meditação e ioga. Esse trabalho interprofissional costuma ser determinante para a resolução do problema.

Em casos mais intensos, a mania pode levar o cidadão à DTM, onde o ato de roer as unhas afeta a boca de outras formas: desgaste da superfície dos dentes, tornando-os mais frágeis e sujeitos a fraturas, por exemplo. Também aumenta o risco de reabsorção das raízes, especialmente entre quem usa aparelhos ortodônticos. Desta forma, é importante fazer uma visita ao dentista para avaliação do atual estado da saúde bucal e avaliar como proceder caso a caso.

Fonte: Fonte: Saúde Abril, Iacep, SC

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